5 mangás para se jogar na leitura

Há quem diga que histórias ilustradas, quadrinhos e mangás não é leitura.

Não poderiam estar mais enganados. Ilustrações têm o mesmo poder que um texto, de fazer o leitor imaginar, e também têm a mesma necessidade, de serem lidos. Aqui vão cinco mangás para se jogar na leitura.

Fullmetal Alchemist, de Hiromu Arakawa

Fullmetal não foi o primeiro mangá que eu li na vida, mas sendo bem sincera, ele é o primeiro do qual eu me lembro. Foi a história que me fez perceber que mangás me agradavam tanto quanto livros. A história é maravilhosa, é lindíssima, tocante — chorei alguns litros em cada uma das vezes que li — e muito bem montada. Os personagens são do tipo que te fazem sentir saudades e a história te deixa com tantas teorias, que mesmo depois de terminar a leitura, é difícil parar de pensar nela.

Basicamente — bem basicamente —, a trama gira em torno do objetivo dos dois irmãos Edward e Alphonse Elric de conseguirem criar uma pedra filosofal para que possam recuperar seus corpos, perdidos depois de um experimento alquímico perigoso e que deu muito errado.

Esse resumo está tão supérfluo, que eu mereço um tapa. Mas é isso o que eu vou te dar. Se quiser saber mais, vai atrás do mangá.

Acho legal ressaltar que tem o anime baseado nele e, inclusive, tem duas versões. Recomendo ambas.

Uma das minhas histórias favoritas.

Fullmetal Alchemist tem 27 volumes e aqui está o primeiro para você começar a jornada: https://amzn.to/3m9H415

Death Note, de Tsugumi Ohba

Mais uma que me deixou bem viciada e que eu não conseguia parar de ler. Com uma pegada completamente diferente de Fullmetal, Death Note é uma história policial, mas com seu toque de fantasia.

A história gira em torno de Light — acho essa tradução horrorosa, mas é o que temos —, um rapaz brilhante e muito, muito egocêntrico, que acaba encontrando um Death Note, que é um caderno demoníaco muito sinistro. A pessoa cujo nome for escrito nesse caderno morrerá — essa é a regra mais absoluta do Death Note.

O restante da história é basicamente consequência disso e, se você quer saber mais, pega o mangá para ler.

As interações entre os personagens, os diálogos e a forma como a história se desenrola são muito bem feitas e, embora eu já tenha visto algumas pessoas reclamando, gostei bastante do final e de como se chegou até ele.

Também já li esse mangá algumas vezes e aproveitei muito todas elas. E assisti o anime, que também é muito bom.

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Samurai 7, de Akira Kurosawa

Eu relutei muito para ler esse mangá — na verdade, me animei mais depois que assisti o anime, que é muito bem feito e me mostrou que a história era ótima.

Aprendi algumas coisas sobre valores, humildade, honra, lealdade e sacrifício com essa história.

Samurai 7 se passa no Japão, em um tempo mais antigo do que o nosso, mas parece ser em um tipo de realidade diferente; ainda há samurais, mas também há máquinas e armas de fogo.

A trama se resume a uma vila de plantadores de arroz que começa a sofrer ataques de bandidos, que roubam o seu arroz e ainda levam mulheres e crianças — os caras são ruins mesmo.

Então, a solução dos camponeses é contratar uma cambada de samurais mercenários, cada um mais esquisito que o outro e, é claro, todos absolutamente incríveis.

É sério, essa história é muito boa. Vale muito a leitura. E é curtinha, tem só dois volumes o mangá.

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Ghost in the Shell, de Masamune Shirow

Um clássico dos mangás sci-fi, que se passa em um futuro bem caótico e completamente doido, com fortes influências de cyberpunk.

O ano é 2029 e o mundo se tornou altamente informatizado, com direito a androides, cyber cérebros e um monte de tecnologias chocantes.

A história gira em torno da Major Motoko Kusanagi, líder de um esquadrão intitulado Esquadrão Shell, cujo trabalho é nada mais do que combater o crime.

O que eu acho bem legal em Ghost in the Shell é o fato de que a Motoko já teve o corpo tão modificado, que ela é mais robótica do que humana em termos físicos. E isso, junto com a sociedade altamente tecnológica, egoísta e corrupta que ela tem que proteger, faz com que ela tenha muitos questionamentos sobre o ato de ser humano e ser máquina…

Essa história é muito rica e, embora ache um pouco complexa, eu adoro e já li algumas vezes — até porque eu não acho que consegui pegar tudo o que ela tem a oferecer lendo apenas uma vez.

Encontre na Amazon: Ghost in the Shell (vol. 1)

Your Name, Makoto Shinkai

Mais uma pérola de Makoto Shinkai — este homem é sensacional —, Your Name é um romance que conseguiu ganhar até o meu coração gelado. Depois que fizeram o filme, principalmente, a história passou a ser mundialmente conhecida e aclamada.

A trama gira em torno de Mitsuha e Taki, ambos estudantes japoneses e insatisfeitos com a própria vida. Até que começam a trocar de corpo — é isso aí, eles dormem e, de vez em quando, acordam no corpo um do outro.

E não é só isso. Tem mais, só que eu não vou falar aqui, porque vai estragar a surpresa.

Na verdade, nós já vimos isso tudo em outras histórias, em que os protagonistas trocam de corpo etc. Quem nunca viu isso? Mas a forma como Shinkai desenvolve o relacionamento dos dois protagonistas, como eles lidam com os problemas um do outro e como eles se tornam amigos, mesmo nunca tendo se visto ou se falado, é muito legal de acompanhar.

É uma história fofinha que conseguiu me conquistar. 

E aí? Curtiram as indicações dos mangás para se jogar na leitura? Já leram algum desses? Conta para a gente.