Joyland
Literatura,  Resenhas

Joyland | Um parque de diversões sobrenatural e emocionante

Já fazia algum tempo que eu não lia Stephen King. Alguns anos desde que me aventurei pelo assustador O Cemitério para um clube de leitura. Quando comecei a ler Joyland, estava psicologicamente preparada para ficar com medo. Mas, com o passar das páginas, a história do parque de diversões pelo qual o jovem Devin Jones se apaixonou foram mais encantadoras do que propriamente amedrontadoras.

Um universitário rendido ao emprego de verão

Devin Jones começa Joyland narrando uma história que ocorreu no verão em que tinha 21 anos. Ele precisava de um emprego de verão para ajudar com as despesas da faculdade e que ficasse perto do então amor de sua vida, Wendy. O parque de diversões foi a oportunidade perfeita. Joyland atraía muitos universitários em busca de uma grana extra nos meses de junho, julho e agosto. Devin, porém, permitiu-se ficar mais.

Joyland, entretanto, continha mais do que grandes atrações metálicas que atraíam milhares de pessoas. Alguns anos antes, o parque presenciou o assassinato de uma jovem em um dos brinquedos e as lendas dizem que seu fantasma continua por lá, aparecendo para os empregados e técnicos pela noite.

Esse mistério, somado ao que o dono de Joyland chama de “alma de parque”, atraiu Devin para uma estadia mais longa naquele trabalho. Ele acabou se envolvendo com pessoas que mudaram a sua vida e o ajudaram a desvendar a história daquele fantasma.

Mais drama, mais thriller, menos susto

Eu evitava ler durante à noite nos primeiros capítulos porque já esperava a atmosfera fantasmagórica e os pesadelos que me acarretariam. No entanto, quando cheguei na metade do livro, percebi que ele falava mais com A Espera de um Milagre do que com O Cemitério e me rendi às leituras noturnas com gosto.

A escrita de Stephen King é cheia de humor, não procura o pudor e cativa nas primeiras frases. Ele construiu um livro completo, sem gênero exato e limitante. Assim, nós nos divertimentos em uma história com romance, sobrenatural, drama familiar, thriller e, inclusive, um toque de ficção-histórica. Tudo na dose certa, sem exageros. Joyland é uma leitura gostosa, fluída e no tamanho perfeito. Não se preocupe, não é um calhamaço do Sr. King como It, a Coisa.

Joyland: a porta de entrada perfeita para os livros do autor

Com um protagonista carismático e fácil de se identificar, Stephen King conquista corações com Joyland na maior facilidade. Para aqueles que querem começar a ler o autor, mas não sabia por onde começar, fiquem tranquilos. Peguem a história de Devin e seu parque de diversões e se joguem sem medo – o sobrenatural é bem leve e está ali mais para ajudar do que qualquer outra coisa.

Logo na capa, a Suma, editora do King no Brasil, colocou um blurb da Entertaiment Weekly que resume perfeitamente Joyland:

“Uma das histórias mais bem escritas de King… Profunda, divertida, cheia de reviravoltas, despretensiosa e, por fim, arrasadoramente triste.”

É isso. Só faltou dizer que é uma leitura inesquecível.


Joyland - Informações Técnicas

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Apaixonada por música, cinema, moda e literatura, história mundial e andar de bicicleta. Sonha em ter muitos carimbos em seu passaporte.

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