5 motivos para se apaixonar por Para Todos os Garotos que Já Amei
Depois de devorar a trilogia e escrever uma carta à autora, não teria como não comentar sobre o filme que posso ter visto mais de dez vezes depois do lançamento. A adaptação de Para Todos os Garotos que Já Amei feita pela Netflix ganhou o coração de milhares de fãs ao redor do mundo e, com toda certeza, o meu. Lara Jean e suas cartas secretas subitamente enviadas deram orgiem a uma das melhores histórias de amor de high school dos últimos tempos.
Caso você não conheça a história:
Lara Jean Covey (Lana Condor) tem um bem precioso: uma caixa de chapéu que sua mãe lhe deu antes de morrer contendo cinco cartas de amor. Não que ela tenha recebido alguma. Na verdade, são cartas que ela escreveu para os cinco garotos por quem ela já sentiu algo. Era uma forma de dizer adeus e seguir em frente, mas é claro que ela não queria que as cartas fossem enviadas – até porque uma delas era destinada ao namorado da sua irmã mais velha e não pegaria bem, não é? Mas, um belo dia, um amigo de infância e um dos destinatários, Peter Kavinsky (Noah Centineo), a aborda dizendo que estava muito lisonjeado, mas não, obrigada. A garota, em pânico, acaba fazendo um acordo com Kavinsky: eles fingiriam namorar para que Josh (Israel Broussard), o ex-namorado de sua irmã, não levasse a sério o que ela escreveu na carta dele e a ex-namorada de Peter, Genevieve (Emilija Baranac), morresse de ciúmes.
Se não te convenci a ver pela sinopse, te dou mais cinco motivos para assistir a Para Todos os Garotos que Já Amei:
Lara Jean é coreana e a representatividade é um ponto alto no filme
Em um texto para o The New York Times, Jenny Han, autora dos livros que deram origem ao filme, declarou que foi bem difícil encontrar uma produtora que mantivesse a ascendência coreana da protagonista. Ela levou muitos nãos até que a Overbrook Entertainment, produtora fundada por Will Smith, topou adaptar a história sem tentar embranquecer Lara Jean. E o resultado você pode ver e confirmar na maravilhosa da Lana Condor arrasando no papel principal.
Toda a importância da representatividade no caso diz respeito a como personagens asiáticos tem sido tratados na indústria cinematográfica durante anos. A própria Jeny Han ressalta isso no texto mencionado. Por muito tempo, tais personagens eram sempre um alívio cômico para a história, caindo num estereótipo raso, extremamente repetitivo e obviamente preconceituoso. Manter a etnia de Lara Jean abre portas para milhares de garotas – e garotos de outro viés – a identificarem-se com as possibilidades que a história traz. Mais ainda, ver essa abertura para um grupo que foi bastante excluído, dá esperança para que isso continue e cresça, além de outros grupos serem um dia mais inseridos também.
Uma história de amor fofínea e mais realista
Não tem como não adorar o casal principal. Ponto. É isso mesmo. Lara Jean e Peter começam uma relação falsa e assistem o sentimento crescer e criar raízes. Os dois constroem uma confiança e um companheirismo bem bacana. A química entre Lana Condor e Noah Centineo colabora com o casal fictício de uma forma sem igual, que deixa a gente com aquela sensação gostosa de ‘esse casal combina, né?’ mesmo sendo tão diferentes.
Lana Condor e Noah Centineo por Emman Montalvan para a Netflix
Outro ponto sobre isso é a forma que eles foram construídos. Adolescentes podem ser imaturos, mas não são burros. Peter e Lara Jean não estão só focados na história de amor ou no baile de final de ano. Eles também se abrem e conversam sobre seus medos e inseguranças, sobre sonhos e desejos. Dessa forma, mesmo que ainda seja bem distante de uma realidade brasileira, o relacionamento dos dois parece mais verdadeiro e não tão superficial como em muitos outros filmes adolescentes.
Que filme binito
Se você não conhece os livros que deram origem ao filme, devia. Contudo, de uma olhada só nas capas. Elas criam um imaginário do que seria o quarto de Lara Jean que simplesmente pre-ci-sa-va estar no filme. E não é que acertaram direitinho? Toda a estética de Para Todos os Garotos que Já Amei misturam perfeitamente bem o ambiente imaginado por Han, o visual das escolas dos Estados Unidos atualmente e um toque nostálgico dos filmes de John Hughes dos anos 80.
Como se isso não fosse suficiente, o figurino ficou fantástico. O estilo de Lara Jean é incrível, mantendo-se atualizado, sem perder a sua personalidade numa mistura de trendy e vintage perfeita para a personagem que escreve cartas na era digital. A Rafaella Rabinovich, meus mais sinceros parabéns!
Você quer uma trilha-sonora boa? Então toma!
Ao contrário de muitas franquias atuais, Para Todos os Garotos que Já Amei não tem um grande nome da música pop no seu soundtrack que eu talvez esteja ouvindo no modo non stop enquanto escrevo este post. Sinceramente, nem precisaria. As músicas de fundo da história de Lara Jean são tão perfeitas para a história que só poderiam ser mais se combinassem com a estética do filme… Ah, mas olha só, não é que combina mesmo? Lovers, de Anna of The North, caiu tão perfeitamente bem para a cena da jacuzzi que parece inacreditável.
Todas as músicas conseguem misturar uma sensação de nostalgia ao mesmo tempo que seguem tão atuais. Mais um ponto para a construção do filme e da protagonista!
Um elenco que mal conheço mas já considero pacas
Apesar da produtora ser de um dos maiores astros de Hollywood, Para Todos os Garotos que Já Amei tem um elenco bastante iniciante. Com exceção de John Corbett, que interpreta o pai das meninas Covey, o elenco bem jovem não são super estrelas por aí. A própria Lana Condor afirmou que foi o primeiro trabalho como protagonista que ela conseguiu. Você pode pensar, no entanto, que essa inexperiência poderia prejudicar o filme. Se você fizer isso, não poderia estar mais errado.
A química ultrapassava o casal principal e se estende a todo o elenco. As irmãs Covey poderiam ter mesmo nascido do mesmo útero porque a cada conversa, cada brincadeira, cada briga nos convence mais e mais que são uma família que se ama muito. O que falar, por exemplo, de Chris? Essa menina tão fora de si e tão dentro de si ao mesmo tempo. Madeline Arthur arrasou. A dedicação e o talento de cada um torna o filme ainda mais especial.
Bônus: Peter Kavinsky
Sim, faço parte do imenso número de garotas por aí que se apaixonaram por Peter Kavinsky. O menino que escreve bilhetes ao invés de mandar mensagens pelo celular com partículas douradas no olhar fez com que o mundo caísse de amores tanto pelo personagem quanto pelo ator. Mas como não amar: Peter, apesar das confusões das cartas, permanece amigo de Lara Jean, adora sua irmã mais nova, se dá bem com seu pai e está interessado no que ela tem a dizer? Se o relacionamento era falso, ele não precisaria fazer isso em momentos privados, certo? Ele é genuinamente simpático e procura se dar bem com todos. Só coisas boas para falar desse menino.
Mais bônus: