Música

Os Melhores Álbuns Pop de 2016

Muita coisa boa chegou aos nossos fones de ouvido nesse ano e foi difícil filtrar a quantidade certa para essa lista, mas cá estamos para colocar o nosso Top 9 melhores álbuns de 2016. Vamos começar pelo mais óbvio:

Beyoncé mais uma vez fez o público de trouxa e arrebentou com seu último álbum de estúdio Lemonade. Do nada, lá estava ele disponível no Tidal sem estar no Spotify até hoje (sério? já passou da hora, viu?) junto a um documentário que guiava o espectador pela história do álbum.

Queen B parou a Terra mais uma vez, quebrou a internet com ela e arrecadou nove indicações ao próximo Grammy. Vai criando espaço na estante, B., porque você vai ter um monte de estatueta para levar para casa.

Lemonade é até agora o álbum mais ousado da cantora no que diz respeito a estilo, produção e significado. Até agora os trabalhos de Beyoncé se agarraram ao clássico R&B, crescendo a cada lançamento para o lado do pop e mantendo-se em uma zona segura. Em 2013, com o lançamento (também do nada) de Beyoncé, seu quarto álbum de estúdio, já era possível ver que ela estava levando o seu trabalho para um novo caminho. E, se nesse Beyoncé decidiu aprimorar a sua musicalidade, em Lemonade ela chutou o balde e resolveu nos presentear com uma obra prima multicultural sem medos ou inseguranças. As faixas contam muito sobre si e sobre a situação da mulher negra nos Estados Unidos principalmente. Beyoncé assumiu um posicionamento político e pessoal ao lançá-lo e nós só temos a agradecer por esse trabalho primoroso.


O segundo álbum de 2016 que mais impressionou foi Dangerous Woman, de Ariana Grande. A jovem de ?? anos é mundialmente conhecida pelo seu poderoso vocal e sua carinha de menina estilo Sandy. Em seu segundo álbum de estúdio, Grande veio para provar que não é tão menininha assim, sem deixar o pop se tornar repetitivo ou mais do mesmo. As músicas tratam de amor, sexo e sensualidade sem vergonha ou medo do que os outros vão falar.  A cantora se arriscou ao mostrar uma nova postura e ganhou as rádios internacionais. Os destaques de Dangerous Woman são a faixa homônima ao nome do álbum, Into You e Side to Side que, inclusive, também viraram singles.


Próximo! Vamos colocar um pouco de br nessa lista e falar de um álbum que causou loucura na internet quando finalmente saiu e até agora? Clarice Falcão lançou Problema Meu depois de três anos do seu último e primeiro álbum, Monomania. O som de Clarice não é aquele típico pop dançante –  o que não quer dizer que você não possa dançar com suas músicas. Ela causou a cada single, com letras provocantes, cheias de ironias e sem papas na língua. Você pode comprovar logo na primeira faixa Irônico. Se não achou suficiente, tente a segunda Eu Escolhi Você. Sabe a música do clipe polêmico com as partes peladas das pessoas? Pois então. A pernambucana soube mexer com a paz da família tradicional brasileira com um álbum maravilhoso. Continue assim, tá?


Vamos atravessar oceanos e desembarcar na Austrália com This is Acting da cantora Sia. Esse álbum não te deu a opção de dizer ‘ah, não conheço nenhuma música dela’. Cheap Thrills e The Greatest (da versão Deluxe) tocam incessantemente nas rádios e a essa altura do ano você já sabe as letras na ponta da língua, pode confessar. A identidade de Sia continua um mistério para os novos fãs, mas a cantora apesar de ter estourado agora, não é desconhecida. This is Acting é o sétimo álbum da cantora e pelo menos o segundo a colocá-la nas primeiras posições de diversos rankings musicais. Seu pop é diferente, sua voz é hipotizante e seus fãs aumentam de maneira exponencial. Só aperta o play nesse álbum e vai na fé.


Enquanto uns lançam seu sétimo álbum, outros se destacam logo no segundo. A cantora sueca Tove Lo está ganhando o mundo com Lady Wood após o relativo sucesso de Queen of The Clouds, com Habits (Stay High). Sem medo de provocar o ouvinte ou quem quer que a veja, a cantora fala sobre sexo e amor, saudável ou não. Conquista através de uma voz rouca e melodias que escorrem entre os dedos. Lady Wood trouxe os singles Cool Girl, viciante acima de tudo, e True Disaster, como complementos de si mesmos de amores complicados e doentios de uma garota um tanto problemática. Músicas que não deixam você e uma personagem para o álbum. Que começo!


Mesmo com todas as fofocas e a partida de uma das integrantes, não dá pra negar que o ano da girl band Fifth Harmony não foi nada mal. O álbum 7/27, segundo do grupo, trouxe a confirmação de que elas conseguem entrar em qualquer parada que quiserem. Work From Home e That’s My Girl estão subindo nas paradas e tocando no rádio over and over again. Embora não tenha muitas diferenças artísticas, é um pop de qualidade e ótimo para dançar e esquecer do mundo.


Meghan Trainor, Thank You. Literalmente. O álbum mais recente da cantora exalava girl power e confiança. Isso não foi diferente da sua estreia, só que dessa vez era algo mais e maior, mais forte, mais intenso. Seu estilo virou contemporâneo, deixando o adorável vintage de All About That Bass e Lips Are Moving de lado, reafirmando que ter segurança sobre si mesma e seu corpo é muito importante.

Ela criou um caminho temático bem fundamentado que flui muito bem em Thank You. É um trabalho sobre valorização, seja sobre si mesma (No, Me too, I Love Me), seja sobre quem você ama (Mom, Hopeless Romantic). Trainor está construindo uma carreira sólida, uma inspiração para fãs de todo lugar. Thank You foi um grande exemplo disso. Respect ♥


E vamos falar sobre Joanne. O novo álbum de Lady Gaga era muito aguardado e, quando finalmente chegou, dividiu águas. Alguns acharam uma obra-prima, outros se perguntaram no que foi que ela errou. O fato é que Joane é um divisor sim, principalmente, da carreira de Gaga. O álbum é totalmente diferente dos seus trabalhos anteriores e apresenta uma nova versão de Gaga, mas introspectiva e exploradora. Ela se dobra sobre o country, reafirma sua natureza pop e mostra uma força que sinceramente eu não via em seus outros álbuns. Não desse tamanho.

Joanne não vai agradar gregos e troianos. Gaga pede por um público mais crítico dessa vez, um público que leia mais as entrelinhas e não se prenda somente ao pop comum. Ela mostra que Just Dance e até mesmo Bad Romance está bem no passado. Essa virada está inclusiva até mesmo em suas roupas nas apresentações e clipes. Os vestidos de carne ficaram para trás, mas não ache que a essência de Gaga foi perdida: ela manteve os saltos. Deles ela não descerá nunca.

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Apaixonada por música, cinema, moda e literatura, história mundial e andar de bicicleta. Sonha em ter muitos carimbos em seu passaporte.

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