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Resenha | “Diário de Uma Escrava”: um livro de perder o sono
Eram um pouco mais de meia-noite quando comecei a ler Diário de uma Escrava, de Rô Mierling. Eu tinha ficado algumas horas na frente do pc organizando coisas para o site e precisava tirar minha mente da máquina. Para isso, não há melhor solução que um livro. Ao abrir aquelas páginas, no entanto, eu não sabia que entraria numa história tão impactante que traria e instigaria a insônia a cada novo parágrafo. Começamos o livro com o relato de um dia de cativeiro de Laura. Ela foi sequestrada quando tinha quinze anos por um homem a quem chama de Ogro e mantida em um buraco/quarto desde então, sendo abusada há…
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Bom Dia Verônica, de Andrea Killmore, o mistério revelado da DarkSide | Resenha
Sabe aqueles livros que você não consegue largar? Que você pega para ler antes de dormir – só mais um capítulo – e quando vê já são três da manhã, você ainda está acordada, movida a adrenalina, se xingando porque sabe que tem que acordar cedo no dia seguinte, mas não consegue largar o livro? Bom dia Verônica. Quem é a tal Verônica? Verônica Torres é uma secretária de um delegado paulista presunçoso e preguiçoso. Seu dia-a-dia se resume, normalmente, a mexer no computador pelo delegado que não entende bulhufas de informática. Um belo dia de mais do mesmo, uma mulher sai do escritório de Carvana, o famigerado delegado, chorando…
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The Kiss of Deception: a primeira crônica de amor e ódio
O primeiro livro das Crônicas de Amor e Ódio, The Kiss of Deception, já foi bem falado pela internet e, em especial, pelo booktube. A fantasia de Mary E. Pearson conquistou muitos leitores ao redor do mundo e outros muitos mais quando a Darkside Books trouxe a saga para o Brasil. Ela foi uma grande aposta para a linha Darklove e não precisa dizer que deu super certo, né? A história da princesa fugitiva de Morrighan foi ganhando leitores encantados e viciados nas aventuras da princesa Lia e seus dois admiradores. Sobre o que é The Kiss of Deception Calma, não é um romance voltado todo e completamente para o…
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Já conhece Ilana Casoy? Pois, deveria
Alguns autores são de certa forma obrigatórios para determinados gêneros, como Stephen King é para o terror, Jane Austen para os romances. Para a literatura policial, Ilana Casoy virou a nossa autora-obrigação. E olha, obrigação é só maneira de falar, viu? Uma expressão para dizer que ela é incrível e entende muito, mas muito mesmo, do que fala. A carreira de Casoy é totalmente voltada a estudar a violência e criminologia, tanto que já contribuiu várias vezes com a polícia, advogados e outras instituições em investigações como consultora, entre outras coisas mais que você pode ler nessa bio do seu site: Ilana Casoy é pesquisadora e escritora na área de…
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Resenha | “Ultra Carnem” e seus quatro contos diabólicos
Tenho um problema ao resenhar livros chamado como vou escrever sem entregar muito do livro? Especialmente Ultra Carnem, um livro do qual eu não sabia nada e tive uma resposta muito agradável. Junto com o livro veio um guardanapo estilizado com o escrito “Devore sem moderação” e a assinatura do escritor. César Bravo, brasileiro, nunca tinha ouvido falar. Na parte de trás do livro, uma única frase: “Na disputa entre o céu e o inferno nós somos o prato principal.” Sinceramente? Eu fiz o que o o autor me pediu e devorei sem dó. O livro tem um trabalho gráfico interessantíssimo. Todos os ícones que fazem parte da simbologia relacionada…
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Resenha | “Evangelho de Sangue”: repulsivo e incrível
No ano passado, a Darkside Books abriu a Caixa de Lemarchand e trouxe com ela Hellraiser, filme de terror icônico que, na verdade, foi inspirado em um livro (The Hellbound Heart) de Clive Barker. O autor já tinha a intenção de levar a história dos cenobitas para o cinema desde o início, tanto que escreveu o livro com este objetivo. E deu certo, não é mesmo? O cenobita Pinhead entrou para o hall de vilões mais marcantes do cinema, marcando cada cena em que aparecia. O livro, no entanto, deixa um pouco a desejar quanto a sua presença. Eu já fiz um post aqui em que falo sobre…
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Resenha | “Os Pássaros”: uma distopia caótica e reflexiva
Em um belo dia atípico na Londres da década de 1930, um jovem corretor – e mais um montão de gente – fica embasbacado com a multidão de pássaros estacionados na praça principal da City de Londres. Ele levava sua vida normal, com seu emprego em uma seguradora e sua casa com sua mãe, assim como muitas outras pessoas até aquele momento. Este inicialmente foi encarado como uma anomalia curiosa, um truque de circo talvez, que não duraria muito. Ou não. A Londres e o mundo mudariam completamente com a chegada dos pássaros. Para narrar essa transição apocalíptica, Baker nos revela a história através da voz de um senhor idoso,…