O Que Achamos de: “Camila”, de Camila Cabello
Há pouco tempo atrás fizemos um post sobre nossas apostas do futuro de Camila Cabello. A ex-integrante da girl band Fifth Harmony tem se mantido na mídia e, durante todo o ano de 2017, após anunciar sua saída do grupo, lançou músicas próprias e fez participações com outros artistas. Esse estilo Xeque-mate alá Anitta de permanecer na mídia fez a cantora ganhar aumentar seu número de fãs e conquistar outros novos, além de saber emplacar o hit certo: Havana uh na na está nas cem mais tocadas da Billboard há vinte e uma semanas. E ainda entrou para as músicas favoritas do ano de ninguém mais ninguém menos que Barack Obama.
No último dia doze (12) de janeiro, seu primeiro álbum de estúdio chegou ao público e já arrancou boas críticas como a da revista Rolling Stone e da própria Billboard. O álbum tem dez faixas e, dos singles lançados durante 2017, só Havana entrou para o trabalho. Mesmo assim, não é preciso ouvi-lo mais de uma vez para notar que Camila é muito mais do que um hit.
It’s Camila Cabello at her best – even at her most tormented, she sounds totally confident and totally herself” – Rolling Stone
“As a girl who got her start as one of five, Cabello has vocally, lyrically and impressively established that she was always meant to be simply Camila” – Billboard
Nas críticas que li, percebi que houve um consenso sobre a quebra de expectativas. Ao sair do Fifth Harmony e prometer uma carreira solo, Camila tinha sob seus ombros um estigma para seguir: uma femme fatale, com um álbum super sexy para vir. *emoji revirando os olhos* Ela, com a benção dos céus, deixou isso de lado e resolveu entregar um álbum mais íntimo, em que a gente consegue intuir as experiências pessoais que inspiraram as letras e melodias.
Para divulgar Camila, a cantora começou uma tour de apresentações em programas de TV e tem arrasado. Essa, em especial, de Never Be the Same, o segundo single do álbum, no Jimmy Fallon foi fan-tás-ti-ca. Há poucos dias, ela também foi na Ellen e entregou uma senhora performance. E, por falar nisso, as apresentações tem sido um investimento de divulgação pesado. E dado super certo!
https://youtu.be/mRo6MnXObuE
Bom, voltemos para o álbum em si. Camila tem 11 faixas, contando com uma versão de rádio para Never Be The Same, e passeia por diferentes gêneros musicais. Para os fãs que amaram Havana e estavam esperando um álbum mais latino, não foi dessa vez. Além do famoso single, a única música que se volta para esse estilo é a animada She Loves Control. O resto do álbum é mais inserido na música pop e brinca entre baladas românticas e melodias agitadas e delicadas, com bastante piano e um ótimo trabalho de voz.
Cabello não teve medo de explorar seus limites vocais no álbum e esse passo corajoso rendeu resultados incríveis. Never Be the Same e Into It oscilam entre falsetes e graves que guiam a gente em melodias maravilhosas. Apesar de a maioria das músicas aparentarem falar sobre amor, vamos destacar aqui a balada acústica Real Friends, em que a cantora fala sobre amizades conturbadas e abandonadoras.
Uma das coisas que mais gostei no álbum – além do ótimo trabalho vocal – foi o envolvimento de Cabello com as músicas. Não que haja algo de errado em cantar músicas compostas por outras pessoas, mas quando ouvimos músicas compostas pelo próprio artista dá um calorzinho no coração e a gente se sente mais próxima instantaneamente.
Camila é um álbum maduro para uma estreia. Ele é consistente e viciante. Não precisa de um modo repeat para nos apaixonarmos, de primeira ele já encanta – o modo repeat fica a cargo do vício mesmo. Já estou até vendo a retrospectiva do meu Spotify de 2018… Álbuns mais ouvidos? Camila estará lá com certeza.
Ouça: