Crítica | Em Mulher Maravilha, GIRL POWER é a palavra de ordem
Um dos lançamentos mais aguardados para 2017, Mulher Maravilha, finalmente chegou nos cinemas aqui do Brasil no dia 01 de junho. Desde quando a personagem surgiu pela primeira vez no universos das HQs de super-heróis, em 1941, Diana Prince já era um grande sucesso e possuía um papel muito importante como fonte de representatividade feminina nesse meio. Nós sentimos um orgulho danado de assistir uma heroína tão emblemática, guerreira e destemida tendo parte de sua jornada retratada de forma tão sensacional nas telas do cinema. E a ansiedade, que era enorme, foi muito bem recompensada com um filme cheio de ação, efeitos especiais e muito girl power.
O filme começa com Diana (Gal Gadot) ainda criança vivendo em sua terra natal Themyscira – ou Ilha Paraíso – junto de sua mãe Hipólita (Connie Nielsen) e as outras amazonas. A menina cresce ouvindo histórias da mitologia grega sobre como seu povo seria responsável por garantir a paz e o amor entre os homens, e que um dia as amazonas precisariam, durante uma batalha, derrotar Ares, o deus da guerra, para dessa forma por fim à todas as violências e conflitos existentes entre os seres humanos. Quando o acaso junta a amazona com o perdido Steve Trevor (Chris Pine), um americano perseguido pelos alemães na Primeira Guerra Mundial, Diana pensa que Ares é o responsável pela destruição do mundo exterior e embarca com Trevor em uma batalha aparentemente predestinada, onde os inimigos são mais esquivos que neblina e apresentarão obstáculos difíceis para a guerreira.
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A verdade é que as mulheres são as grandes responsáveis por esse filme ser tão maravilhoso quanto é – e isso é muito lindo de se ver! As amazonas são fortes, destemidas e guerreiras, e juntas derrotam um exército inteiro de homens; Gal Gadot é a própria encarnação da mulher maravilha, protagonizando cenas impecáveis de combate e impondo sua presença e opiniões em um meio de guerra completamente dominado por homens; e além disso, a maior cientista do exército alemão é a genial Dra. Maru (Elena Anaya), provando que as mulheres não são apenas excelentes no combate físico do campo de batalha mas também contribuem com sua inteligência e sabedoria para a ciência.
Além disso, Mulher Maravilha se equipara a qualquer outro excelente filme de super herói quando se trata das cenas de ação e efeitos especiais, ambos muito bem feitos – alguns desses efeitos, na minha opinião, foram levemente forçados em alguns momentos do filme, mas nada que comprometa o seu brilho. Vale destacar também os cenários e os figurinos muito ricos tanto das amazonas e da nossa super heroína quanto da sociedade londrina de época que foi muito bem retratada. A produção tem o poder de te prender do começo ao fim com excelentes diálogos, tensões, batalhas e várias risadas – acredite.
Além disso, é muito bom ressaltar: Mulher Maravilha foi dirigido também por uma mulher, Patty Jenkins, e a super produção já é de longe o maior acerto e sucesso do universo da DC, que tinha vacilado feio com a má recepção de Batman vs. Superman e Esquadrão Suicida. A superprodução quebrou recordes e se tornou o filme com uma diretora mulher de maior bilheteria na história do cinema estadunidense, arrecadando um total de US$ 100,5 milhões em seu final de semana de estreia, superando até mesmo o grande sucesso da Marvel, Homem de Ferro, de 2008.
Vale se ligar: no fim, o filme ainda nos deixa uma bela mensagem sobre como os seres humanos podem resgatar o amor em períodos difíceis de guerra. Em tempos onde o feminismo e sua luta pela igualdade de gêneros é tão forte e importante em nossa sociedade, Mulher Maravilha vem no momento perfeito para comprovar, mais uma vez, como as mulheres são brilhantes em frente e por trás das câmeras e como o girl power segue firme, brilhando como nunca.
Assista ao trailer:
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