Pega a Pipoca | Doutor Estranho (2016)
Mais um filme dos Vingadores no cinema, mais uma produção da Marvel Studios, mais um personagem. Por trás de todos esses “mais, mais, mais” o filme mescla aspectos inovadores com aquela conhecida e agradável fórmula Marvel produções. O filme prende do começo ao fim, e se você já está com expectativas altas agora, se prepare por que elas serão todas correspondidas.
Steve Strange (Benedict Cumberbatch) é egocêntrico, arrogante… Quero dizer, gênio, bilionário, filantropo, playboy. Bem parecido com um herói que nós conhecemos. No entanto, enquanto você vê o Tony Stark mergulhando de cabeça nas suas responsabilidades, mesmo que ele crie materiais bélicos para isso, Strange foge de qualquer tipo de responsabilidade que ele não tenha o controle. Parece confuso, mas é bem simples. Ele é um médico, estudou e se especializou em cuidar do outro, mas determina que tipo de paciente ele atende. Se houver qualquer possibilidade dele falhar, ele não aceita cuidar do paciente. Porém, se ele pode manter o controle da situação e sabe que o resultado é favorável, ele pode segurar a marimba.
Inesperadamente, ele sofre um acidente de carro e perde seus principais instrumentos de trabalho como neurocirurgião: suas mãos. Ele perde tudo o que ele era e o que havia conquistado. A partir daí, ele começa uma caçada determinada atrás da cura de suas mãos, considerada impossível por todos. Depois de muito tempo e muitas cirurgias, ele gasta seus últimos centavos numa viagem só de ida à Katmandu, no Nepal. Ele procura a Anciã (Tilda Switon), uma figura misteriosa indicada por um homem que era tetraplégico que alega ter sido curado por ela. Mesmo sendo um cético, ele é levado ao extremo do desespero atrás dessa cura. Depositando suas últimas esperanças, Steve tem a oportunidade de ver coisas além de seu entendimento e sente essa vontade intensa de aprender, objetivando se curar.
Chegando lá, ele tem uma nova realidade na qual, com prática e estudo, ele pode assumir o controle novamente. E é nessa viagem que embarcamos e descobrimos que a Anciã é responsável por defender o mundo de criaturas e ataques místicos, um pouco diferente do que vemos nos outros Vingadores . Durante o filme, mesmo longe de salas de cirurgia, ele continua detendo o título de doutor, se agarrando a fagulhas de sua existência passada. Aqui vemos outra diferença entre o Homem de Ferro e o Doutor Estranho: o primeiro, que busca a guerra e o segundo, que é simplesmente engolido por ela. Mas o peso da responsabilidade é igual para os dois, e dessa maneira vemos o personagem do médico evoluir e começar a entender o que é ser um herói de verdade: se sacrificar pelos outros.
Como primeiro aspecto técnico, preciso dizer que no final do final do filme eu queria baixar a trilha sonora inteira dele. E eu não tenho palavras para descrever os efeitos especiais. Foi uma mistura de Avatar, A Origem e Star Wars… É realmente impressionante ver o cuidado e a tecnologia tão bem aplicados. Por fim, foram escalados atores renomados que deram um show de atuação. Dou destaque aqui a Benedict Cumberbatch que cativou muito bem. Aqui está mais um herói para os nossos corações (pelo menos no meu tem lugar garantido caso não tenha no de vocês. O melhor é que sobra mais para mim 😉 ).
Depois de dizer tudo isso para vocês, eu só penso em rever o filme. E a expectativa dos filmes vindouros que estava baixa – pensando naquele Thanos de computação gráfica meio roxo demais para o meu gosto… – só aumentou. A Marvel cada vez se consolida mais como uma autoridade em fazer filme de super-heróis. Ansiedade define para ver tudo o que nos espera dentro desse universo.
PS.: Senhores e senhoras, isso é meio redundância se tratando da Marvel, mas… Não esqueçam de ficar até o final dos créditos do filme, temos duas cenas pós-créditos de presente!