Por dentro de “Charlotte”, de Jun Maeda
Está procurando um anime para assistir? Quer uma indicação de um bom? Ou talvez um que seja mais rápido pro seu tempo curto? Então você está no lugar certo. Charlotte é um anime que é uma boa pedida para esses momentos em que você não sabe o que irá assistir. Foi criado pela mesma mente de “Angel Beats!”(2010), produção bastante conhecida e amada pelos otakus de plantão.
A história começa com Yuu Otosaka, um adolescente passando pela puberdade que de repente descobre que pode possuir pessoas por 15 segundos. Seu próprio corpo apaga e cai de qualquer jeito, enquanto ele fica dentro de mentes alheias por 15 segundos. Assim, ele descobre como utilizar essa habilidade da maneira mais proveitosa para si: ele pode possuir pessoas inteligentes e colar nos exames.
Logo, logo, ele é descoberto por uma garota que também tem habilidades especiais e que, na verdade, existe um colégio para crianças e adolescentes que nascem com essas habilidades. Nao Tomori é o nome dessa garota, e ela tem a habilidade de ficar invisível para apenas uma pessoa. Sim. Uma pessoa. O autor utiliza de muito humor para contar a história, com alguns momentos nonsense e uma pitada de romance. Essa mistura parece louca, mas é bem legal.
Yuu começa a frequentar essa escola, pois se ele fosse descoberto por pessoas de má índole, ele poderia ser obrigado a usar seus poderes para o mal. X-men feelings, eu sei. Dessa maneira, nosso protagonista descobre que pedaços da sua memória estão faltando, e que ele tem muito mais a ver com a escola do que ele pensa. O roteiro é daquele nível que entrega diversos mistérios que cozinham na cabeça do espectador, e vai respondendo a medida que tem novos mistérios.
Há muitas críticas por causa da forma que o enredo foi tratado, pois, como são apenas 13 episódios, a história corre rápido demais. E corre mesmo, mas a maioria das respostas são dadas e muitas delas cabem a percepção da linguagem visual do espectador. Certamente, muitas coisas poderiam ser melhor aproveitadas com mais tempo. Mas também há muita beleza na narrativa, que enfatiza sentimentos amizade, confiança, lealdade e sacrifício.
Enfim, é isso que Charlotte é: uma boa premissa, um enredo mal aproveitado, mas interessante, com momentos engraçados e mistérios instigantes… Vale a pena checar e entender esse mundo que Jun Maeda criou.