Crepúsculo e as mudanças de estilo da saga cinematográfica
Oi pessoal! Tudo bem com vocês? Meu nome é Renata e conheço a Isa do site do Vai Lendo, em que eu também sou colaboradora. Com o lançamento do novo livro da saga Crepúsculo, O Sol da Meia Noite, ela me convidou para escrever um artigo para o Anatomia Pop para comemorar, mas, em vez de falar sobre os livros, vou falar sobre os filmes!
Lembro que assisti ao primeiro filme sozinha alguns dias depois do Natal de 2008. Tinha acabado de chegar de viagem e tinha acabado também de ler o livro. Aproveitei que a minha família estava distraída com a arrumação de tudo depois da viagem e corri para o cinema mais próximo de casa! (Agradeço a Deus todos os dias pelo cinema São Luiz!)
Aquela experiência foi muito legal para mim. A partir de então me acostumei em ir ao cinema sozinha e apreciar a minha própria companhia. (Confesso que até prefiro fazer isto porque posso escolher o filme que quiser e ninguém vai ficar reclamando no meu ouvido se o filme não for bom).
Na época, eu estava na faculdade de cinema e achei que seria só mais um filme hollywoodiano, mas me surpreendi positivamente com o filme, principalmente com as escolhas estéticas. Até a música dos créditos finais do filme me agradou (era Leave Out All the Rest, do Linkin Park que é uma banda que eu amo! Tive um pequeno surto dentro da sala de cinema quando escutei está música!) Acabei comprando o livro que a diretora Catherine Hardwicke publicou discorrendo sobre o processo de produção do filme como uma forma de estudar.
Adorei a predominância dos tons de azul para passar aquela sensação de frio para o espectador e o realce dos tons verde na natureza. Adorei o figurino mais arrumado da família Cuellen fazendo um contraponto com a simplicidade e normalidade da Bella. Os tons terrosos para apresentar o Jacob e a comunidade nativa-americana também foi interessante. Enfim, acho que eles fizeram muitas escolhas acertadas e acrescento que nada foi de propósito. O livro de Hardwicke mostra como ela pensou em cada detalhe.
Mas é agora que começa o problema para mim. Depois do sucesso nas bilheterias de Crepúsculo, Hollywood aparece com mais apoio do estúdio e um orçamento maior e a parte estética do resto da saga muda. Os tons de azul praticamente desaparecem e predomina o amarelo que faz tudo parecer quente. Ué, a gente não estava em Forks? Cadê o frio pessoal? Por que a Bella está mais arrumada e por que o cabelo da Alice está mais certinho? Eu entendo que as coisas podem mudar e que os personagens podem evoluir, mas o que eu não entendo é porque Hollywood tem a mania de transformar tudo em algo mais mainstream e mais palatável para o público. Isto é algo que me irrita como cineasta e como espectadora.
Eu compreendo o lado mercadológico por trás destas escolhas afinal elas são feitas para que o filme atinja o maior número de pessoas possível, mas por que não fazer que haja uma coesão entre os filmes? Para mim, Crepúsculo é um filme e o resto da saga é outro.
Não tiro o mérito dos outros filmes! Acho que são fiéis aos livros e tão divertidos quanto Crepúsculo. Acho que o que eu estou tentando dizer é que se perdeu a chance de fazer algo mais autoral e diferente com a versão cinematográfica da saga. Se perdeu a oportunidade de elevar a obra de Meyer para um outro nível e o que foi feito foi só mais um filme hollywoodiano igual a todos os outros.
Para finalizar este artigo, ainda sou Crepusculete de carteirinha! Os livros e filmes são ótimos e divertidos (tirando esta minha pequena ressalva) e eu estou muito animada para o lançamento de O Sol da Meia Noite! Quais são as suas expectativas para este novo livro? Escrevam nos comentários abaixo! Por exemplo, eu espero conhecer mais da história da família Cullen!
É isso pessoal! Até a próxima!
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