Chronos: Viajantes do Tempo | Uma montanha-russa temporal que vai te hipnotizar
Quando você está na adolescência, especificamente no Ensino Médio, tudo o que você quer é que a escola acabe para você poder parar de usar uniforme, sair com seus amigos sempre que possível, acordar o mais tarde que puder, arrumar um(a) namorado (a), entre outras coisas. Você pode até se preocupar com o próximo passo: a faculdade. Eu aposto de pé junto que essas eram as coisas que Kate Pierce também queria que fossem suas preocupações aos seus dezesseis anos. Mas em Chronos: Viajantes do Tempo nossa protagonista precisa aprender a combater um inimigo que quer mudar toda a história da humanidade – e de quebra salvar sua família da inexistência.
A história de Chronos: Viajantes do Tempo
Tudo muda quando a garota recebe a visita da sua avó, com quem nunca teve muito contato. Durante um jantar bem constrangedor, Katherine, a avó de Kate, revela que tem um câncer terminal e que gostaria muito de se aproximar da neta enquanto tem tempo e saúde. Deborah, sua mãe, não gosta muito da ideia, mas acaba cedendo. Kate, por sua vez, se impacta com a notícia, mas, talvez, com menos atenção do que deveria. Isso porque o colar de medalhão que sua avó usa não para de emitir um brilho azul tão forte e bonito…
Pois bem, aquele medalhão? Na verdade, é uma máquina de transporte através do tempo e a avó de Kate é uma agente do futuro de uma organização que viaja no tempo para estudar fatos históricos da humanidade, a Chronos. E adivinha? Ela precisa de Kate, que tem o gene Chronos, para interromper mudanças temporais que estão transformando a sociedade e construindo uma religião bem perigosa. O responsável, inclusive, pode ser mais familiar do que Kate desconfiava. Tudo isso enquanto sua família corre o risco de nunca ter nascido ou não ser sua, sua melhor amiga almeja entrar na tal religião e dois garotos bagunçam o coração de Kate.
E isso é só o começo…
Ufa! Parece muita coisa, não é? E é! A questão é se a autora soube desenvolver o ritmo dessa história que soa frenética. Pois bem, a série Chronos é dividida em três volumes. O primeiro deles, Chronos: Viajantes do Tempo, foi publicado pela DarkSide Books, sob a linha DarkLove, no ano passado e o segundo, Chronos: Limites do Tempo, chegou agora às livrarias.
Na primeira parte da história, eu me senti como em uma montanha-russa naqueles momentos de antecipação, em que o carrinho está andando devagar, cauteloso e, do nada, despenca em alta velocidade para cair em um novo marasmo e assim vai. E você sente que seu coração está numa cama elástica.
Ainda assim, a escrita de Rysa Walker é leve e a mente de Kate é um caminho divertido de seguir, com toques de sarcasmo e veias profundas de lealdade. Walker soube construir bem o personagens e suas vozes, o que consegue combater os momentos de calmaria dessa montanha-russa que é Chronos.
No estilo DeLorean ou Tardis
Viagem no tempo é um tema super complicado para mim. Com todos os seus paradoxos e perigos de acabarem com a linha conhecida até então, me deixa bastante confusa em vários momentos. Em Chronos, não houve exceção. Acho até que a autora poderia ter colocado um número menor de linhas do tempo. Mas, não adianta chorar pelo leite derramado e o que aconselho aos interessados é uma leitura cuidadosa e atenta da saga de Kate e o medalhão de luz azul.
Se você for com calma, a leitura flui muito bem e, sem querer querendo, você se entrega a uma história cheia de aventuras, romance e velocidade – tudo bem equilibrado nas ondas, penhascos e loopings da montanha-russa que Walker construiu. Agora, tudo o que espero ansiosamente é pelo carteiro chegar com meu segundo volume para que eu possa viajar mais uma vez nesse parque de diversões.