Entrevista | Kimberly Bradley, autora de A Guerra que Salvou Minha Vida, fala sobre a sequência da história de Ada
Que essa história já tocou muitos corações – inlusive o meu! – não é novidade. Por isso, qualquer pedacinho, informação ou conversa sobre ele nos dá um calorzinho no coração. Agora, quando a DarkSide anunciou que lançaria a continuação neste mês a gente teve foi um infarto mesmo. Claro que a emoção foi felicidade.
Para completar nossa felicidade de leitor fã, a editora ainda nos proporcionou uma entrevista com a autora! Nela sabemos um pouco mais sobre como foi escrever essa incrível história para Bradley, assim como o futuro dela, além de descobrir um pouco mais sobre a autora.
O que te inspirou a escrever a história da Ada?
Sempre planejei que essa história seria contada em dois livros. No começo do primeiro, eu falo sobre isso: “Essa história que estou contando agora começou há quatro anos, no começo do outono de 1939.”
Neste segundo livro, vemos algumas referências a crise de refugiados. Como passado e presente conversam na sua história?
Os refugiados me lembram que, como humanos, nós continuamos a repetir os mesmos erros de novo e de novo. É melhor nós começarmos a conversa sobre esses problemas antes que seja tarde.
Em A Guerra que me Ensinou a Viver, Ada conhece a Ruth, uma garota judia e alemã. Por que você quis fazer a Ada ficar diante de uma suposta inimiga?
A Ruth é um acréscimo ao livro de várias formas. Ela mostra aos leitores que o preconceito existia antes como existe hoje. Ela me permite trazer de volta o que aconteceu com o povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial de uma forma que faz sentido para o livro. Ela é também uma personagem que sofreu as próprias perdas, um espelho de Ada em vários momentos.
Neste livro os personagens conversam sobre o Holocausto, mas eles não sabem de sua existência ou não dão a devida atenção para o problema. Como sua pesquisa histórica te ajudou a inserir esse detalhe no livro?
Isso foi bem fácil de descobrir, a maior parte da pesquisa foi feita online. Existe um pouco de informação sobre quando os Aliados, tanto o governo quanto as pessoas comuns, entenderam o que estava acontecendo. Os vídeos feitos quando os campos de concentração ainda eram ativos foram descobertos apenas após a guerra. Em 1940, era muito mais fácil esconder informação do público.
Muitas lições podem ser obtidas de ambos os livros. Uma que se destaca em A Guerra que me Ensinou a Viver é sobre não julgar as pessoas pelo que elas acreditam ou de onde vêm. Você já recebeu relatos de leitores que decidiram mudar suas atitudes após conhecerem a história da Ada?
Não, eu recebi cartas de leitores que se sentiram julgados no passado por suas crenças ou circunstâncias e que me disseram que os livros refletem com precisão as experiências deles.
Uma das maiores lições que a Ada aprende é que se curar é possível. Durante a sua jornada escrevendo os dois livros, você acabou aprendendo alguma coisa com a ela?
Acredito que a maior parte do que Ada aprendeu eu tive que descobrir por mim mesma antes que pudesse escrever sobre ela de forma verdadeira.
Você tem a intenção de continuar essa história, fazer dela uma trilogia?
Ainda não sei! Este livro foi muito difícil de escrever e eu não voltarei com um terceiro a menos que eu possa escrever tão bem quanto esses dois. Mas, eu tenho um comichão para continuar essa história. Então, vamos ver.
Qual era seu livro favorito quando você tinha a idade da Ada?
“Uma Dobra no Tempo”, de Madeleine L’Engle. Agora é um filme com a Oprah!
Como a sua paixão pela escrita começou?
Acho que nasci com isso. Quando criança, andava pela rua e escrevia pequenas histórias na minha cabeça sobre a minha caminhada pela rua e o que eu via, o que eu sentia, onde eu estava indo. Demorei um tempo para perceber que nem todo mundo faz isso.
Qual seu ambiente favorito para escrever?
Meu marido e eu desenhamos a casa que moramos hoje. Tenho um escritório onde a minha mesa fica no fim de um jardim. Tenho janelas dos dois lados do meu computador, então tenho muita luz entrando, forte o suficiente para que eu não seja distraída pelos cavalos correndo no campo enquanto escrevo. É um ótimo espaço.
E agora o que muitos fãs querem saber: o que esperar dessa sequência?
Em “A Guerra que Me Ensinou a Viver”, Ada descobre quem ela realmente é.
E aí? Gostaram? Sei que essa entrevista me deixou muito mais curiosa sobre o destino de Ada e seu irmão – e Ruth também. O livro dessa nova família está em pré-venda e você pode comprar por aqui. E bora ler A Guerra que Me Ensinou a Viver!
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