De S.O.S a Cake by the Ocean: a reviravolta musical de Joe Jonas
É com esse nome meio acadêmico que eu começo esse texto, que basicamente tem o objetivo de reconhecer que Joe Jonas cresceu e apareceu. Para quem não lembra, o cantor e ator surgiu em 2005 com a banda Jonas Brothers, iniciada por seu irmão mais novo Nick Jonas que agregou o mais velho, Kevin, na empreitada. Em 2005, eu tinha onze anos e não posso negar que, durante a minha adolescência, S.O.S, Burning Up e ai, meu Deus When You Look Me In The Eyes foram cantadas a planos pulmões no meu quarto. E, pode confessar, vai, no seu também. Era o tipo de banda que ganhava o público. Era a favorita de muitos, e podia não ser assim para você ou para mim (depois de um tempo), mas era divertida.
Em 2013, após quatro álbuns de estúdio, dois filmes, duas séries, entre outras coisas mais, a banda anuncia o seu vamos reconhecer, bastante previsto fim. Os fãs inundaram a internet com o seu desespero e os Jonas seguiram caminhos diferentes. Nick investiu na carreira da Broadway, passeou pela TV e agora acabou de fechar uma turnê mundial com seu último álbum Last Year Was Complicated. Kevin casou, teve filhos e… sinceramente, é tudo que eu sei sobre ele. Joe Jonas, nosso tópico, por sua vez, vacilou muito no caminho a seguir. Lançou um álbum solo beeem capenga e nada aclamado pela crítica, Fastlife, em 2011 e sumiu um pouco do mapa até 2015.
Oh, no
See you walking ‘round like it’s a funeral
Not so serious, girl; why those feet cold?
We just getting started; don’t you tiptoe, tiptoe, ah
Aí, no ano passado, ele vai e deixa todo mundo com essa música na cabeça. O mais engraçado para mim foi que eu não tinha ideia por meses que a voz dessa música pertencia a um Jonas. Adorava a música, achava simpático o nome da banda e ficava por isso mesmo. Tempos depois, assisti ao clipe e quase morri: lá estava o garoto que cantava aquelas músicas divertidas da minha adolescência sem o nariz entupido que me incomodava tanto nas músicas de então. DNCE era o novo caminho de Joe Jonas e, meu filho, começou bem, viu?
Cake by The Ocean veio como single do EP Swaay, liberado no mesmo ano, que ainda contava com as músicas Pay My Rent, Toothbrush e Jinx. Com exceção de Jinx, todas elas entraram no álbum debutante da banda. Cake by the Ocean fechou o ano na 18ª posição do ranking 100 melhores músicas de 2016 da Billboard, enquanto DNCE se configura no número 17 do US Billboard 200. Ótimas posições para álbuns estreantes, não é?
O primeiro álbum da banda, formada por Jack Lawless, Cole Whittle e JinJoo Lee, além do Jonas mencionado, chegou finalmente aos nossos ouvidos em novembro desse ano e a expectativa extrapolava limites. O novo trabalho trás uma vertente de Joe que até então não tínhamos visto. Por mais divertido que seja, mais do mesmo dos Jonas Brothers, agora ele explora o potencial musical da banda e passeia por diferentes gêneros musicais.
DNCE é muito divertido e cada música faz jus ao nome e você dança, mesmo as mais calmas cumprem seu propósito. Além disso, a banda trás uma pegada mais adulta e mais sexy para o álbum, sem exageros ou coisas melosas. Na mesma pegada que Cake by the Ocean, Blown, Body Moves e Naked atendem aquela vontade de dançar repentina. Cuidado ao ouvir no meio da rua, no trabalho, no ônibus… Sério, é incontrolável. Você está lá na paz ouvindo, e do nada está dançando. Para relaxar, vá para Good Day, Truthfully e Almost.
Senhor Jonas, que recomeço, hein?! Meus parabéns, a você aos outros integrantes da DNCE. Só continua assim, com essas músicas boas, foca nisso, ok? Enquanto isso, aperta o play e DNCE.