Um Perfeito Cavalheiro – Os Bridgertons | Resenha
Depois da semana infernal (nome da semana que culminou no término do período da faculdade carinhosamente apelidada por mim), prometi de joelho junto que leria Julia Quinn para relaxar. Apesar de ainda faltarem alguns trabalhos e provas, comecei a leitura de Um Perfeito Cavalheiro porque precisava entrar em um mundo divertido e romântico, onde as minhas preocupações ficassem de lado. Essa é uma das belezas das histórias da escritora.
O terceiro irmão Bridgerton é um perfeito cavalheiro
Se você curte romances históricos, com uma pitada hot, deixo a série Os Bridgertons como recomendação. Um Perfeito Cavalheiro é o terceiro volume da saga dos oito irmãos Brigdertons que conta a história de Benedict, o segundo homem mais velho da família, conhecido pelos outros como o ‘número dois’. Apesar de não ter herdado o título de visconde do seu pai – o que não o incomoda muito -, esse dado pelos conhecidos o incomoda bastante. Ele procura alguém que o enxergasse através da névoa Bridgertons. E é aí que entra Sophia Beckett.
Filha bastarda de um conde, ela foi adotada como sua pupila, embora todos na casa soubessem da verdade. Quando o conde resolve se casar, sua ‘madrasta’ não é nem de perto a mãe que ela esperava ter – nem suas filhas são as irmãs que ela sonhava. A partir do momento em que o conde morre, a vida de Sophia vira um caos mergulhado em servidão e correria. Já na casa dos vinte anos, a pobre menina pode ir a um baile de máscaras que a família Bridgerton – mais precisamente a matriarca da família em busca de uma esposa para Benedict – organizou. Foi lindo, lá ela se apaixonou (adivinhem por quem?), mas ao badalar da meia-noite… Saiu correndo para voltar a sua vida de criada (ou quase escrava?) deixando para traz somente uma luva.
Essa releitura de Cinderela termina bem rápido e Sophia vai para o mundo em busca de emprego com o seu amado no coração, mas a sua mente e pés no chão. A partir daí, o tempo passa para os protagonistas e seus destinos se cruzam dois anos depois do mágico baile e é aí que a história fica interessante.
Por dentro do livro
Essa série é uma coisa amada, maravilhosa. Leitura leve, engraçada, cheia de clichês (sim, e daí?) bem montados, que te faz ficar viciada e passar as páginas mais rápido que o Flash correndo. Esse volume, em particular, me decepcionou um pouco no que diz respeito ao casal principal. Achei Sophie e Benedict um pouco sem graça. Em compensação, foi um ótimo volume para conhecer mais a família e seus amigos em geral. E olha, Sra. Bridgerton, Violet, você me surpreendeu. Que mulher incrível! Mesmo assim, o livro é divertido e, apesar de sem graça, o casal não é dos piores.
Para quem não conhece, saga Os Bridgertons tem oito volumes, um para cada filho. Os primeiros sete já foram lançados no Brasil pela Editora Arqueiro – que trouxe a autora ao Brasil na última Bienal. Antes de Um Perfeito Cavalheiro, estão O Visconde que me Amava, com Anthony Bridgerton, e O Duque e Eu, com Daphne Bridgerton, respectivamente os volumes 2 e 1 da série. Até agora – e acredito que toda ela – a série é perfeita para aqueles momentos de ressaca literária quando você precisa ganhar um novo pique. Ela garante boas risadas, suspiros e tardes inteiras de leitura.
Ficha Técnica:
Título: Um Perfeito Cavalheiro | Autor: Julia Quinn | Tradução: Cássia Zanon | Páginas: 304 | Editora: Arqueiro | ISBN-13: 9788580412383 | ISBN-10: 8580412382 | Ano: 2014