Literatura,  Resenhas

5 motivos para se entregar às Crônicas de Amor e Ódio

Finalmente, terminei a trilogia das Crônicas de Amor e Ódio! Foi bonito, foi. Foi intenso, foi. E agora reina aquela sensação de saudades de personagens e histórias tão incríveis. Eu sou o tipo de fã que gosta de espalhar a palavra de obras boas e, como a trilogia criada por Mary E. Pearson se enquadra tão bem nisso, não tinha como eu não indicar a série para vocês.

Já temos as resenhas dos dois primeiros volumes por aqui: The Kiss of Deception e The Heart of Betrayal. Elas explicam quem são e quais caminhos que Lia, nossa protagonista, Kaden e Rafe, nossos antagonistas-quase protagonistas, tomaram. Após fechar o terceiro volume, achei melhor não resenhá-lo porque entregaria muita coisa da história, os spoilers rolariam soltos. Vou dizer somente que gostei muito do final de cada personagem do trio, das novas situações políticas dos reinos envolvidos e da nova atmosfera que os habitantes daquele continente passaram a presenciar. Pouquíssimas ressalvas durante a leitura (acho que um certo confronto importante demorou muitas páginas para acontecer), mas nada que estragasse ou diminuísse a experiência.

Dito isso, resolvi fazer um apanhado de motivos para que você leia a série e se apaixone por ela tanto quanto eu.

1) Lia

A personagem principal é uma princesa determinada, teimosa e gentil que nos guia pela história da série. Ela é uma personagem tão rica que dá gosto de se ler. Nós vemos ela crescer e compreender não somente as normas e regras dos reinos como também as pessoas e o seu dom (que é algo como uma clarividência). Acompanhá-la é como ganhar uma melhor amiga destemida e comprometida, que luta por você com todas as forças. É admirar uma mulher forte e inteligente. O melhor de tudo: ela não é a donzela que precisa ser salvar (apesar de alguns personagens acharem isso de vez em quando). Ela está sempre consciente do seu redor e aprende com ele para conseguir se safar de situações complicadas. Ela é humana, mente e machuca os outros, luta e teme seguindo em frente.

2) Os pares românticos são muito mais que isso

Kaden e Rafe completam o triângulo amoroso com Lia. Os dois tem origens e deveres muito diferentes que frequentemente são colocados a frente do amor. Esse toque – triste – de realidade confere mais credibilidade à história, às personalidades dos dois, assim como às suas escolhas. Eles estão longe de ser dois rostinhos bonitos para tirar suspiros e acabou. Pearson soube construir dois guerreiros, apaixonados, leais e interessantes.

3) A mitologia

O universo de Mary E. Pearson é muito bonito. Envolvente, a mitologia criada sobre os Antigos pode parecer meio jogada a princípio, mas com o tempo faz tanto sentido e evoca uma beleza tão encantadora que não tem como não gostarmos dela. Principalmente porque nós acompanhamos essa descoberta através dos olhos de Lia e é por meio deles que os poemas no meio dos capítulos ganham sentido. Todos os elementos, como a origem dos reinos e a exerção do dom das primeiras filhas, fazem a história crescer e instigar o leitor.

4) As edições

Sim, as edições são um motivos para lerem. Nós, amantes de livros, não conseguimos resistir a uma capa bonita, quiçá uma edição tão bem trabalhada. Os três livros trazem mapa do continente e espaços com os escritos de Morrighan que introduzem as origens dos reinos em uma formatação bem bonita. E o que falar sobre essas capas tão lindas? Viram automaticamente xodós da estante. ♥

5) Esse trecho que resume a aura feminista da trilogia (spoiler alert!)

“Entenda isso, Vossa Majestade: há muito esforço para controlarem a minha vida, mas isso não vem dos livros! Olha um pouquinho mais para trás! Um reino que me fez ficar noiva de um príncipe desconhecido controlou o meu destino. Um Komizar que assumiu o controle da minha voz controlava meu destino. E um jovem rei, que queria me forçar a ser protegida, achava que controlaria o meu destino. Não se engane em relação a isso, Rafe. Eu estou escolhendo o meu destino agora, não um livro, ou um homem, ou um reino. Se meus objetivos e meu coração concordam com alguma coisa em um velho livro empoeirado, que seja. Escolho servir a esse objetivo, assim como você é livre para escolher o seu!” – Princesa Lia (The Beauty of the Darkness)

Lia não é a única personagem feminina que reivindica seu direito a escolher o seu futuro, seu direito de ter uma voz e ser ouvida (alôu, Pauline, Aster, Natiya, Gwen…). De maneiras diferentes, as personagens femininas do livro, por menores que sejam, constroem uma humanidade e uma força incríveis. Cada mulher desta história mostra que para fazer qualquer coisa não é preciso nascer XY.

Esses são cinco motivos para você começar a ler essa série. Se ainda não começou, está esperando o que? Vai se apaixonar pelas Crônicas de Amor e Ódio e seja bem-vind@ ao clube!

Apaixonada por música, cinema, moda e literatura, história mundial e andar de bicicleta. Sonha em ter muitos carimbos em seu passaporte.

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