Séries

Precisamos falar sobre Daryl Dixon

Para começar esse post, preciso deixar claro que sempre fui uma pessoa medrosa e por isso não acompanhei The Walking Dead como deveria ter acompanhado. The Walking Dead, para quem não conhece ou só ouviu falar, estreou na Fox em 2010 e me lembro de ter assistido os dois primeiros episódios, morrido de medo – tive pesadelos, inclusive – e abandonado a série. Desde então, ela já está na sua sexta temporada, com a chegada sétima prevista para 9 de outubro desse ano, e lá se foram seis anos. A história da série se passa após um evento apocalíptico, onde a maioria da humanidade foi infectada por um vírus que transforma o homem em zumbi e apenas alguns sobreviventes vagam por aí, tentando achar um lugar que seja seguro para ficar.

Dentre o elenco principal, o grupo de número inconstante chefiado por Rick Grimes (Andrew Lincoln), está o complicado Daryl Dixon (Norman Reedus) – de longe meu personagem favorito. Daryl começa a série com seu irmão, Merle, no acampamento onde a família de Rick está. Os dois não são os mais queridos do grupo, com suas famas de machistas e egoístas, especialmente Merle (Michael Rooker) que costuma ser acima de tudo preconceituoso. Daryl, no entanto, nos é apresentado como uma sombra do irmão, imitando-o e encarando suas atitudes como supremas. A partir do momento em que se afastam, o público começa a ver quem Daryl é de verdade e como o seu passado pesa nas suas escolhas e postura.

Ele tem ações doces e reflexivas, está certo na maioria das vezes, mas só consegue aprender a se expressar com o tempo. Falando desse jeito, parece que estou descrevendo uma criança e, de certa forma, estou. Ele começa a série como um grande cara babaca que não cresceu, contudo ao longo do apocalipse ganha maturidade e sabedoria. Mesmo assim, não deixa de ser um personagem complicado, com um passado obscuro e doloroso que aos poucos o público vai conhecendo (mas devagar, no entanto, que do resto do elenco).

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Uma das razões que eu gosto dele, além de ser um personagem incrível com habilidades melhores ainda, é a sua relação com Carol (Melissa McBride). Desde a primeira temporada, Daryl tem um sentimento de amizade e compaixão muito grande por ela. Grande parte dos fãs da série torcem para que eles se tornem um casal de verdade – inclusive eu -, já que os dois se desenvolvem por um caminho muito similar. E, vamos combinar, eles são incríveis juntos.

Em essência, Daryl sempre foi uma pessoa doce, sábia, com compaixão e altruísta. A vida que lhe deu solavancos e deixou tudo meio às avessas. O mais impressionante é que nesse caos de fim do mundo ele é um dos poucos sobreviventes que permaneceu forte a sua essência e não deixou se dominar totalmente pelos instintos. Um dos mais fortes do grupo – se não o mais forte, mas talvez seja favoritismo meu  –, Daryl Dixon merecia um post só dele, não é mesmo?  We ain’t ashes.

 

Apaixonada por música, cinema, moda e literatura, história mundial e andar de bicicleta. Sonha em ter muitos carimbos em seu passaporte.

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