A Caminho do Altar – Os Bridgertons | Resenha
Chegamos ao oitavo livro da série Os Bridgertons, da Julia Quinn, A Caminho do Altar! Isso é motivo de comemoração, felicidades, sentimento de dever cumprido e grandes expectativas. Finalmente conhecemos melhor Gregory, o filho homem mais novo. Enquanto suas participações nos livros anteriores nos demonstravam que ele é irônico, perspicaz e um pouco parecido com a Hyacinth, é nesse livro que o conhecemos de verdade.
Tudo o que Gregory quer é estar A Caminho do Altar
E justamente isso foi o que me causou certo desânimo ao descobrir que Gregory não quer nada além de viver, comer e dormir. Eu também gosto muito dessas três coisas, mas recheado com leituras, filmes, discussões e arte. Até minhas aulinhas na faculdade fazem falta… Mas Gregory não se importa. A única emoção que ele almeja é a de encontrar o amor que todos os seus outros irmãos encontraram.
Depois de ver todos os seus irmãos casados por amor, ele é um crente do amor verdadeiro. Tanto que se apaixona à primeira vista por um vislumbre do pescoço de Hermione Watson (acho que essa autora é fã de Harry Potter e plantou alguns easter eggs nesse livro, viu?), e, ao conhecer essa criatura, tem uma certeza cega dessa paixão. Só que tem um probleminha: Hermione já está apaixonada por outra pessoa.
O triângulo amoroso
Sim, senhoras e senhores, o destino foi cruel com Gregory, o romântico incurável. Sua única esperança reside em Lucinda Abernathy, ou apenas Lucy, que é a melhor amiga de Hermione, e não concorda com a escolha da paixão da amiga, um simples contador de seu pai. Com interesse em ajudar a amiga a escolher melhor seu marido, Lucy se aproxima de Gregory para ajudá-lo nas investidas amorosas.
Como desgraça pouca é bobagem, Lucy, que se sentia tão segura de suas convicções e de seu noivado, arranjado há muitos e muitos anos atrás, se apaixona por Gregory. E dentro desse imenso triângulo amoroso as confusões começam (são dois triângulos amorosos, na verdade, mas muitos números e geometria me confundem). A trama se mantém morna durante todo o caminho e, nas últimas páginas, segura uma emoção de novela mexicana, com tiro, porrada e bomba.
Não tão bom assim?
Pode parecer brincadeira, mas juro que isso é verdade verdadeira. Minhas expectativas não foram correspondidas porque Gregory pareceu um pouco aquém aos seus irmãos, e o pior é aparentar estar totalmente confortável nessa posição. Ao longo dos livros, ele foi meio apagado pelos irmãos mas tinha sempre sacadas boas, que eram garantia daqueles sorrisos de canto da boca que damos durante a leitura. Porém, minha expectativa desse personagem crescer e encontrar quem ele é de verdade durante a narrativa foi totalmente frustrada.
Mas ainda sim, se você se esforçar e for persistente, as últimas páginas trazem todo a ação, humor e romance num pacote compacto e elegante que Julia Quinn assegura em seu talento de escrever. Podemos definir essa história como 99% monótona, mas aquele 1% de selo de qualidade Julia Quinn que vale a pena ler (principalmente se for para finalizar uma coleção tão querida como essa é <3 ).
Ficha Técnica:
Título: A Caminho do Altar | Autora: Julia Quinn | Tradução: Viviane Diniz | Páginas: 320 | Editora: Arqueiro | ISBN-13: 9788580415735 | ISBN-10: 858041573X | Ano: 2016